top of page

Psicanálise e Antropologia: diálogos na fronteira

A influência mútua e o trânsito de problemas e conceitos entre a psicanálise e a antropologia é algo clássico, marcante desde o nascimento dos dois campos de saber. Como exemplo, a referência fundamental de Freud para a elaboração do livro Totem e Tabu, de 1913, é a obra do antropólogo evolucionista James Frazer, sobre o totemismo, e os trabalhos de William Smith, sobre o tabu.

 

Do lado da antropologia, autores fundamentais da disciplina estabeleceram certo diálogo com a obra freudiana, tais como Bronislaw Malinowski, Gregory Bateson, Margaret Mead, Michel Leiris e Claude Lévi-Strauss. A constituição de uma área fronteiriça particular, a etnopsicanálise, com Geza Rohein e George Devereux, a inspiração de Jacques Lacan nas teorias sobre o simbólico de Lévi-Straus, a sociologia de Norbert Elias, os estudos de sexo e gênero (de Michel Foucault a Judith Butler), bem como os textos mais sociológicos de Freud, são capítulos das trocas recíprocas entre a psicanálise e as ciências sociais/filosofia.

 

Tendo como ponto de partida esses autores clássicos relevantes que produziram na fronteira, o objetivo desta pesquisa é revisitar as trocas profícuas entre a psicanálise e antropologia.

bottom of page